Alberto Sicilia Falcón é considerado o antecessor do El Chapo devido à forma como escapou da prisão
Alberto Sicilia Falcón, nasceu em Matanzas, Cuba, em 1945, onde desde muito jovem já mostrava um carácter agressivo e um comportamento problemático, especialmente devido às suas tendências bissexuais – o que era desaprovado. Entretanto, durante a ascensão de Fidel Castro ao poder, ele teve que deixar seu país natal e ir para Miami, EUA, onde se alistou no exército e nas agências de inteligência com o objetivo claro de conspirar contra o líder cubano, mas seus esforços nunca valeram a pena. Foi então que ele se enredou no mundo do tráfico de drogas.
Sicilia Falcón mudou-se para o México, onde montou suas operações de tráfico de drogas em Tijuana, e cuja rede de tráfico se estendeu aos Estados Unidos, Europa e até à Ásia, razão pela qual é considerado um dos predecessores de Joaquín “El Chapo” Guzmán. Sicília, também conhecida como “O Barão da Droga”, caracterizou-se pela sua frieza, pois diz-se que gostava de assassinar os seus inimigos pelas suas próprias mãos, enquanto soltava um riso maligno.
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Com o grande poder que “The Drug Baron” exerceu, a CIA pediu-lhe que ajudasse a fornecer armas a guerrilheiros anticomunistas e gangues paramilitares na América Central, em troca de protecção para continuar as suas actividades nos Estados Unidos. Sicilia Falcón foi considerada uma das primeiras grandes traficantes de drogas sob o então presidente Luis Echeverría, e até romanticamente ligada à atriz Irma Serrano “La tigresa”, que também era supostamente amante do presidente Gustavo Díaz Ordaz.
Mas o destino do “El barón de las drogas”, não continuaria por muito tempo, já que em 1975 ele foi preso numa residência de luxo, que estava localizada dentro da Colônia Pedregal, na Cidade do México. Após sua prisão foi torturado para confessar seus crimes e sua relação com a CIA, então foi quase imediatamente transferido para uma das prisões mais temidas da época: Lecumberri, ou “O Palácio Negro”, mas sua estadia lá não duraria muito.
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Em 26 de abril de 1976, Alberto Sicilia Falcón escaparia da prisão, sob um método que mais tarde se tornaria popular com a fuga de “El Chapo”, como “O barão da droga”, escavou um túnel de centenas de metros de comprimento desde o corredor da prisão até uma casa localizada na rua de Tercera Cerrada de San Antonio Tomatlán. Quando os guardas notaram o túnel – com apenas 80 centímetros de diâmetro – Sicilia Falcón já tinha conseguido escapar. Investigações sobre a sua fuga revelaram que ferramentas de escavação, suportes de aço e até planos da prisão foram encontrados no túnel.
Inside the Lecumberri prison O escândalo da sua fuga revelou uma enorme onda de corrupção dentro da prisão de Lecumberri, que envolveu tudo, desde oficiais superiores da polícia até à própria direcção da prisão. Poucos dias após a sua fuga, Alberto Sicilia Falcón foi recapturado e enviado para a prisão de segurança máxima em Almoloya de Juárez, onde cumpriu a sua pena até 1999, quando foi libertado. Desde então, nada se ouviu falar do “Barão das Drogas”.
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