OVERVIEW

Luminol (LOO-min-ol) é uma substância que brilha quando entra em contacto com o sangue. Foi descoberto no final do século XIX, mas os químicos encontraram pouco uso para o composto durante meio século. Então, em 1928, o químico alemão H. O. Albrecht descobriu que a adição de peróxido de hidrogênio ao luminol produz um brilho verde-azulado, um exemplo do fenômeno conhecido como quimioluminescência. A quimioluminescência é o processo pelo qual a luz é emitida como resultado de uma reacção química. Albrecht descobriu que a reação entre peróxido de hidrogênio e luminol exigia um catalisador, uma pequena quantidade de um metal como o cobre ou o ferro.

FACTOS-CHAVE

OUTROS NOMES:

5-amino-2,3-dihidro-1,4-ftalazinedione; 3-aminophthalhydrazide

FORMULA:

C8H7N3O2

ELEMENTOS:

Carbono, hidrogénio, nitrogénio, oxigénio

TIPO DE AMOSTRA:

Anel heterocíclico (orgânico)

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ESTADO:

Sólido

PESO MOLECULAR:

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177.16 g/mol

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PONTO DE ENGATE:

319°C a 320°C (606°F a 608°F)

PONTO DE ESTUFA:

Não aplicável; decompõe-se

SOLUBILIDADE:

Solúvel em água; solúvel em álcool

A aplicação mais importante do luminol foi descoberta em 1937 pelo cientista forense alemão Walter Specht (1907-1977), no Instituto Universitário de Medicina Legal e Criminalística Científica em Jena, Alemanha. Specht descobriu que o próprio sangue poderia atuar como o catalisador necessário para produzir quimioluminescência com luminol. Ele simplesmente pulverizou uma mistura de luminol e peróxido de hidrogênio sobre uma gota de sangue, e o sangue emitiu um brilho verde-azulado. Specht determinou mais tarde a explicação para esta reação. O sangue contém uma proteína chamada hemoglobina que transporta o oxigênio dos pulmões para as células. A hemoglobina é uma molécula complexa com um único átomo de ferro no seu centro. A pequena quantidade de ferro na hemoglobina é suficiente para iniciar a reação quimioluminescente entre luminol e peróxido de hidrogênio.

COMO É FEITO

Luminol é preparado comercialmente através do tratamento do ácido 3-nitroftálico (C8H5NO6) com hidrazina (NH2NH2), resultando na formação de nitroftalidrazida. A nitroftalidrazida é então tratada com bissulfito de sódio (NaHSO3) para obter luminol.

UTILIZAÇÕES COMUNS E PERIGOS POTENCIAIS

A aplicação mais comum do luminol é encontrar vestígios de sangue nas cenas de crime. Quando um crime violento é cometido, uma certa quantidade de sangue é frequentemente derramada no chão, paredes, móveis e outros objetos no local do crime. O perpetrador do crime pode tentar limpar após o crime, mas é praticamente impossível remover todos os vestígios de sangue. Os cientistas forenses que investigam uma cena de crime frequentemente assumem que o sangue está presente, mesmo que isso não seja óbvio. Eles verificam o sangue pulverizando uma mistura de luminol e peróxido de hidrogênio ao redor da cena do crime. Se o sangue estiver presente, ele brilha com uma cor verde-azulado. A distribuição do sangue pode fornecer informações sobre onde o crime foi cometido, se a pessoa ferida ou assassinada foi movida, e, em caso afirmativo, em que direção. Os investigadores normalmente tiram fotografias da cena do crime iluminada para estudo em data posterior.

Fatos de interesse

  • Luminol pode ser usado para detectar manchas de sangue que têm muitos anos de idade.
  • Uma desvantagem do uso de luminol no teste de sangue é que ele destrói a amostra a ser investigada, tornando impossível a realização de outros testes na mesma amostra.

Resultados positivos falsos são possíveis com um teste de luminol. Um teste falso positivo é um teste em que os resultados parecem indicar a presença de sangue, mesmo que este não esteja realmente presente. Alguns metais, plantas, tintas, materiais de limpeza e outras substâncias podem actuar como catalisadores da reacção entre o luminol e o peróxido de hidrogénio e dar um teste falso positivo. Por este motivo, os testes positivos obtidos pelo reagente luminol são sempre submetidos a outros testes para confirmar os resultados.

Luminol tem aplicações além das investigações criminais. É o ingrediente ativo em bastões luminosos, os bastões de plástico que brilham de verde quando quebrados. Os químicos utilizam o composto em cromatografia, um processo pelo qual os componentes de uma mistura são separados uns dos outros, assim como em estudos de padrões de DNA e outros testes bioquímicos.

Palavras a Conhecer

CATALISTA Um material que aumenta a taxa de uma reação química sem sofrer qualquer alteração em sua própria estrutura química.

Para Mais Informações

Genge, Ngaire E. The Forensic Casebook: The Science of Crime Scene Investigation. Nova Iorque: Ballantine, 2002.

“Nota Técnica: Hemaglow™.” Lightning Powder Company. http://www.redwop.com/technotes.asp?ID=118 (acessado em 14 de outubro de 2005).

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